Governo ignora representantes do FES, e nomeia indicados de outras associações no
Conselho da Paranaprevidencia.


 

Em mais uma reunião com o governo, no dia 28, o FES reforçou que existem os recursos para o pagamento da Data Base, reajuste acumulado em 8,53%. O índice representa 7,29% da inflação de 2016, somado a 1% de aumento real [previsto na Leia da Data Base de 2015], mais 1,10% da inflação de janeiro a maio de 2017, além da perda massa sem a implantação da reposição.

O secretário Fernando Ghignone, da Secretaria de Administração da Previdência, garantiu que na próxima reunião, dia 08 de agosto, o assunto será discutido. Enquanto a SEFA alega falta de recursos para o pagamento, baseada na previsão de queda da receita, o economista do FES, Cid Cordeiro, através dos dados publicados pelo próprio governo, apresentou os cálculos que mostram o crescimento de 5% na arrecadação, e se somado o arrecadado com o ICMS de janeiro, o crescimento atinge os 13%. O Fórum avalia judicializar o reajuste como uma das alternativas para garantir o direito dos servidores.

Quanto à eleição dos conselheiros da Paranaprevidencia, o secretário apenas disse que se reunirá com a Procuradoria Geral para ter um parecer de quando se encerra o mandato dos atuais conselheiros. O governo já nomeou indicados de outras associações e ignorou representantes do FES, que foram eleitos em assembleias dos 22 sindicatos. Com isso, o governo deixa os servidores sem representatividade, descumprindo a Lei 18.469/2015, a mesma que autorizou o saque dos recursos.

O FES também cobrou o pagamento das progressões dos servidores que tinham direito adquirido à época da aposentadoria. A pauta progressões, segundo Ghignone, também será discutida no comitê de política salarial.

Sobre o corte de remunerações de dirigentes liberados para a atividade sindical, há cerca de quatro anos, O FES explicou que o governo Beto Richa interfere diretamente na atuação sindical, quando passou a descontar as gratificações de dirigentes. Representantes do fórum explicaram que se reuniram com a PGE, mas ainda não tiveram uma resposta concreta. O secretário disse que buscará informações na procuradoria sobre as gratificações retiradas, mas entende que é preciso padronizar as liberações.

 

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