A Reforma Administrativa, que parecia ter sido enterrada com a paralisação da PEC 32/2020, voltou à cena no Congresso Nacional com uma nova roupagem. Agora, sob a coordenação de um Grupo de Trabalho (GT) da Câmara dos Deputados, liderado pelo deputado Pedro Paulo, a proposta está sendo redesenhada em três frentes: uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), um Projeto de Lei Complementar (PLP) e um Projeto de Lei Ordinária (PL).
Embora os articuladores da reforma administrativa afirmem que ela não tocará na estabilidade dos servidores, os sindicatos e entidades representativas alertam: os riscos continuam presentes e podem se traduzir em perdas profundas para todo o funcionalismo público, incluindo os servidores da UEPG.
limitação do teletrabalho a apenas 20% da equipe de um órgão, por apenas um dia na semana;
criação de mecanismos de avaliação de desempenho atrelados a bônus, com risco de subjetividade e perseguição política;
implantação de tabela única de remuneração, que pode achat ar salários e desvalorizar carreiras que exigem alta qualificação, como técnicos e docentes universitários;
cadastro nacional de temporários, abrindo brechas para indicações políticas em detrimento de concursos públicos;
e o fim de benefícios históricos, como adicionais por tempo de serviço e licenças.
Para o presidente do SINTESPO, Plauto Coelho, a categoria precisa estar atenta:
“É importante que nossos colegas compreendam que, embora a discussão esteja no âmbito federal, tudo que for aprovado em Brasília atingirá também o funcionalismo estadual. Isso inclui nós, servidores da UEPG. Não podemos nos enganar com a narrativa de ‘combate a privilégios’: na prática, quem será atingido somos nós, a base do serviço público, que já sofre com a falta de valorização.”
Plauto reforça ainda que a mobilização sindical foi determinante para barrar a PEC 32 no passado e que a luta continua:
“A sociedade e os sindicatos mostraram sua força quando impediram a votação da PEC 32. Agora, precisamos redobrar a vigilância. Essa nova estratégia de fragmentar a reforma em diferentes projetos é perigosa porque facilita a aprovação em partes, quase despercebida. Precisamos unir forças para que não avancem medidas que signifiquem retrocessos para a nossa categoria.”
O SINTESPO seguirá acompanhando de perto o andamento da pauta no Congresso Nacional e convocará a categoria sempre que necessário para ações de mobilização e defesa dos direitos.
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