Beto Richa e Alckmin estudaram na mesma ‘escola de governo’

A proposta de reorganização escolar que tenta ser aplicada pelo governador tucano, Geraldo Alckmin (PSDB), busca municipalizar todo ensino fundamental, dividindo as escolas por ciclos únicos: primeiros anos do ensino fundamental, anos finais do ensino fundamental e ensino médio.

A principal questão sobre o projeto é o fato de que não houve diálogo com as famílias, não houve debate com as escolas fechadas, a medida simplesmente foi aprovada como forma de redução de custos no ensino, sem avaliar os impactos sobre a mudança repentina na vida dos estudantes. As turmas ficarão maiores e por consequência menos professores terão de dar aula para mais alunos.

Com uma aplicação desastrosa, era certo que existiria resistência dos estudantes e professores que entende a estratégia como parte de um desmonte do ensino público, desmonte comum e corriqueiro dos representantes do PSDB. Ainda é fresco na memória de todos os professores e funcionários públicos do Paraná, a forma com o Beto Richa resolveu as dívidas que acumulou no primeiro mandato, fazendo cortes na educação, e abocanhando parte da Paraná Previdência.

Também é clara a lembrança de como o tucano paranaense dialogou com quem resistiu à sua vontade, usando força militar. Força militar que está nesse momento sendo aplicada contra os estudantes que ocuparam as mais de 190 escolas em todo o estado de São Paulo.

Fica cada vez mais clara a intenção dos governos PSDBistas em quebrar o ensino público, em precarizar a educação, e desmontar os serviços do Estado. Não existe cuidado algum em nenhuma das reformas propostas por esses governos, são sempre medidas autoritárias aplicadas e aprovadas na base da força e da violência policial, que nesses momentos atua mais como cão de guarda do Estado do agentes de segurança da população.