A direção do SINTESPO manifesta seu mais profundo pesar pelo falecimento da pedagoga Liziane de Souza Ribeiro, que faleceu no dia 8, vítima da pandemia causada pelo novo coronavírus.

Liziane era vice-diretora do Colégio Estadual Elzira Correia de Sá e, por determinação da secretaria de Educação Estadual, retornou às atividades presenciais no mês de maio, o que coincide com o momento em que foi infectada.

A professora deixa o marido, Tércio, e dois filhos, José Vinicius do Nascimento e de Ana Flavia Ribeiro do Nascimento. O professor Tércio Alves do Nascimento é presidente do Núcleo Sindical da APP-Sindicato. Desse modo, a direção do SINTESPO também manifesta seus pêsames a todas as professoras e professoras colegas de Liziane e às filiadas e filiados da APP-Sindicato.

Durante o velório, um ato de protesto aconteceu em frente à funerária Princesa, no centro de Ponta Grossa. Por cerca de 10 minutos, vários professores discursaram lamentando o falecimento da professora e relatando sua luta contra o retorno presencial às aulas, determinado pelo governo do Estado.

O presidente do SINTESPO, Plauto Coelho, se manifestou sobre o falecimento da professora. “Estamos lutando contra a pandemia e também contra governos que não se importam com a vida dos trabalhadores da Educação. Sempre destacamos que só é possível o retorno às aulas com segurança, depois da vacinação em massa da população. Sentimos profundamente a morte da professora Liziane, uma lutadora incansável pelos direitos dos educadores e nossa companheira de lutas, ao lado de seu marido Tércio. Que Deus conforte a família e os amigos”, disse.

“Ela ficou doente depois que o governador Ratinho Jr. e o secretário Renato Feder (da Educação) obrigaram o retorno presencial. Essa política que coloca trabalhadores para atuar sem segurança é responsável pela morte de muitas pessoas, e agora levou minha esposa”, disse o professor Tércio.

O presidente estadual da APP-Sindicato, Hermes Leão, também lamentou a morte da professora. “Muitos educadores em todo o Estado estão sendo vítimas fatais da pandemia por que o governo é insensível. Um dia após o governador determinar o fechamento do atendimento ao público em 21 secretarias, ordenou que todos os trabalhadores das escolas voltassem às suas atividades presenciais. É mais do que uma contradição, é um crime contra a saúde pública e contra os educadores”, disse.

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