Após o ato que reuniu mais de 10 mil pessoas em Curitiba para remomorar o massacre ocorrido em 29 de abril de 2015 e uma reunião de representantes do governo do Paraná com as instituições do Fórum das Entidades Sindicais (FES) foi determinada a constituição de uma Comissão Permanente de Negociação para definir os índices a serem aplicados na data base para os servidores públicos do Estado.
O SINTESPO compareceu com mais de 50 pessoas na passeata e o presidente do sindicato, Plauto Coelho, participou da reunião com o governo e depois fez um relato sobre os resultados para os participantes da caravana que seguiu de Ponta Grossa a Curitiba. “Consideramos que houve avanços. O governo se dispôs a discutir diretamente com os representantes dos trabalhadores sobre as finanças do Estado para encontrar um consenso sobre a data base no próximo mês de maio. Além do reajuste, a Comissão Permanente também vai tratar de outras pautas na sequencia, como a questão do Paranaprevidência, a contratação de servidores já concursados, abertura de concursos, financiamento das universidades e perícias médicas”, disse.
Os sindicalistas foram recebidos pelo vice-governador Darci Piana, e pelo líder do governo na Assembleia Legislativa do Paraná, Hussein Bakri (PSD). A comissão é paritária, formada por cinco representantes dos trabalhadores e cinco do governo estadual, que devem ser indicados até 30 de abril.
Durante a reunião, os representantes das 25 entidades que compõem o FES e o Fórum das Associações de Sindicatos de Servidores (FAS), mais os deputados da Bancada do Serviço Público, destacaram a necessidade do governador Ratinho Júnior (PSD) pelo menos repor a inflação do período. O economista do FES, Cid Cordeiro, mostrou que a defasagem da categoria já chega a 17% nesses quatro anos e que o estado tem dinheiro em caixa para poder promover o reajuste. Também reclamaram da gestão estadual de anunciar congelamento de salários via imprensa.
Já a coordenadora do FES, Marlei Fernandes, destacou que o funcionalismo públicos tem sido desvalorizado nos últimos anos. Ela comemorou a criação da comissão que pode definir um índice de reajuste nos próximos 15 dias. “Nós queremos fechar um índice dentro dos 17% para os próximos quinze dias. Queremos que o projeto seja enviado o mais breve possível para a Alep. Agora mudou a maneira de negociação com a presença do vice-governador e de secretários. Agora temos diálogo e que possamos resolver a questão central que é a data-base”, destacou.
Na avaliação do presidente do Sindicato dos Engenheiros do Paraná, Carlos Bittencourt, “o governo abriu uma negociação e os servidores devem continuar mobilizados caso o governo não atenda a reivindicação dos trabalhadores, em especial a que trata da data-base”, reforçou.
Paralisação
De acordo com os organizadores, cerca de 10 mil trabalhadores pararam as atividades apenas em Curitiba. Essas pessoas percorreram as ruas da capital informando sobre a defasagem salarial. A APP Sindicato estimou que a paralisação teve adesão de 80% dos professores e funcionários de escolas em todo estado. Já o Sindarspen “orientou os agentes penitenciários que estavam de plantão a não abandonarem seus postos de serviço para realizar movimentações de presos, cumprindo as regras de segurança”. O Senge-PR, por sua vez, informou aos engenheiros que participassem da paralisação apenas em locais cujo o sindicato majoritário tivesse aderido ao movimento.
Durante a reunião de hoje, o governo assumiu o compromisso de discutir na comissão de negociação permanente a possibilidade de realizar a reposição por causa do dia parado.
Com informações do site Porem.net
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