Ontem, dia 10, foi realizado Congresso no Campus Santa Cruz da Unicentro o II Congresso Técnico da entidade, com o objetivo de discutir o tema da autonomia universitária. A programação do evento contou com a palestra de Marcus Tomasi, reitor da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Em sua fala o professor discorreu sobre a Autonomia Universitária a partir da experiência da própria Udesc que, em 1991, adotou o novo modelo de gestão. “Hoje nós temos uma condição de autonomia, sobretudo, orçamentária e financeira. Foi todo um trabalho de mobilização, assim como eu percebo que aqui, e em outras instituições estaduais, está ocorrendo”.

Outro convidado que trouxe uma experiência de Autonomia Universitária foi o reitor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), professor Sandro Valentini. Ele explicou que as três universidades estaduais paulistas – USP (Universidade de São Paulo), Unicamp (Universidade de Campinas) e Unesp – foram as primeiras Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil a conquistar a Autonomia, ainda na década de 1980. “Nós conquistamos Autonomia Universitária em 1989. Ou seja, a autonomia é prevista na Constituição Federal de 1988 e já no ano seguinte, por um decreto do Governador a época, nós já a havíamos conquistado”, explica Sandro.

O evento realizado na Unicentro é um desdobramento do I Congresso Técnico da Apiesp, promovido em 2015 na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Na ocasião, foi aprovada a criação de nove câmaras temáticas com o objetivo de aproximar as experiências das sete universidades públicas estaduais paranaenses. Agora, durante o II Congresso, as câmaras foram instaladas e os representantes se reuniram para definir de que maneira os trabalhos serão desenvolvidos.

Além dos Membros da APIESP, estiveram presentes o Secretário da SETI, João Carlos Gomes, e representantes dos sindicatos. O Presidente do Sintespo, Emerson Barbosa, juntamente com o Diretor Pedro Blasczak acompanharam o Congresso.

Para o Diretor Pedro, a questão está confusa e precisa de discussão com participação popular e dos estudantes, e diz que espera que a reitoria da UEPG convoque evento nestes moldes. Já Presidente Emerson reafirma que o sindicato está pronto para a discussão do tema da Autonomia Universitária com o objetivo da Universidade Pública, gratuita e popular, e levanta algumas questões, como a distribuição de verbas para as sete Universidades, se os Planos de Carreiras serão unificados ou não, se os inativos continuarão tendo seus rendimentos pela Paranaprevidencia ou serão transferidos para cada instituição, também a questão dos Hospitais Universitários, de que maneira serão afetados. O assunto é longo e tem que ser participativo, quarenta e cinco dias é um prazo bastante curto para o projeto.

II Congresso Autonomia - APIESP

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